Aos filhos do AR
Eu juntaria a alma em cacos para sentir novamente, apenas sentir - nada além de sentir, aquele fogo da garganta que tudo diz sem se importar se é desaforo demais pra quem não aguenta... Sem aturar hipocrisia calada ou remediar dores que já se cansaram delas mesmas. E daria tudo que não tenho para me anestesiar naquelas repetições fundamentadas do amanhã que pode não existir, mergulhada em bebidas baratas que jamais poderiam ser substituÃdas por luxo, pois o requinte, meu bem, não paga a minha felicidade. Não vejo graça nesses carrões e jóias extravagantes que os deslumbrados tanto desejam. Sou mais as longas noites, os amigos interessantes e essa maravilhosa gente que tá mais viva do que morta. Nunca entenderei o desperdÃcio de existir e optar em ser peso morto. Sou fã de qualquer um que se difere desses cansativos clichês ambulantes que se satisfazem com muita academia e pouco tempero. Eu vejo luz na escuridão que tantos temem, e se há quem me odeie por isso, UAU, que perda de tempo a deles... Só fumo porque tragar é a terapia mais silenciosa e precisa que existe, e só bebo porque a realidade é chata e revoltante demais para se acompanhar completamente sã. Prefiro cinzeiro do que gente deprê, porque ao menos o cinzeiro tem utilidade. Mau humor é para os fracos, nós somos repelente de gente chata. Nem compreendidos nem incompreendidos, nós não precisamos de aprovação prévia. Somos as famosas cartas marcadas e a velha presença garantida. Raiva, fúria e puro amor - por inteiro e ao contrário.
Hell.
"Nunca entenderei o desperdÃcio de existir e optar em ser peso morto." mega me identifiquei com seus textos, mulher *o*
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