E hoje é dia do Artista do Mês aqui no Faroeste, minha gente!
E já adianto que o mês de agosto tem um representante muito especial... Nada poderia me deixar mais satisfeita do que expor uma entrevista com esse querido amigo e colega poeta, que possui uma habilidade nata de transformar seu modo de ver a vida em arte escrita.
É com muito orgulho que apresento um veterano artista do Guará (Brasília - DF), responsável pelo boom de cultura no bairro em 2007 (desde sua gestão como diretor de cultura), e muito querido na vida pessoal e profissional por lutar pelo aumento e pela valorização de eventos artísticos (de livre acesso a todas as classes) de nossa cidade!
Posso afirmar com toda convicção que nunca vi o convidado de hoje mal humorado ou triste (e olha que já trabalhamos juntos, haha!), pelo contrário, sua humildade e gentileza com todos ao redor é sua marca registrada, e ele consegue passar perfeitamente seu positivismo e alegria às suas letras.
E chega de enrolação, Brasil! Com vocês... o poeta Adilson Didi Cordeiro:
Divulgação: Acervo pessoal do artista
FM: Como e quando surgiu sua paixão pela
poesia?
Didi: Desde que eu me entendo por “gente”, sempre
fui um romântico. Em alguns “flash´s” na memória da época de adolescência vejo
ainda as letras de “tradução” das musicas em inglês. Gostava de “traduzir” tudo
à minha maneira.
FM: Qual é o título
do seu primeiro poema?
Didi: Na primeira fase, até os 17 anos, eram várias
poesias, mas não me lembro de nenhum título. Certa vez, meu pai achou uma dessas
poesias na minha pasta escolar e fiquei na minha vergonha. Foi feita para uma
coleguinha de escola.
Divulgação: Blog Café com letras
FM: Quais são seus autores/poetas preferidos?
Didi: Considero a Cecília Meireles como a minha
“madrinha”, por influência de uma amiga que copiava longas poesias da Cecília e
me mandava pelo correio (morava em outra cidade). Antoine de Saint-Exupery
(Pequeno Príncipe), também “ajudou” na minha “formação”. Hoje, esse “leque”
aumentou, incluindo Drummond, Bilac, Bandeira, Patativa do Assaré, Catulo da
Paixão Cearense, Florbela Espanca, e os brasilienses Cassiano Nunes, Nicolas
Behr, Gaci Simas, Beth Jardim e Anabe Lopes, entre outros. Até os 17 anos, eu já
havia lido quase toda a coleção de Jorge Amado. Em minha cidade natal
(Pirapora-MG) tem uma pequena Biblioteca na Escola e eu era frequentador
assíduo.
Letra "Poeta" de Adilson Cordeiro Didi, melodia de Anand Rao
FM: Qual é a
sua criação predileta? Poderia citar um trecho dela?
Didi: Gosto de várias, que, muitas vezes fico lendo
e relendo, pois já fiz umas quatrocentas poesias. Uma que posso destacar é
“pOeTa”, eis o trecho: ...”Mas poeta, cachorrinho / De mansinho, se você uma dia
morrer / O mundo vai desacontecer / Porque ele não é mundo sem
você!”.
Divulgação: Internet
FM: Quais
músicas te inspiram para escrever?
Didi: A música é umas das maiores aliadas dos
poetas. Depende do meu estado de espírito, época do ano, mas posso citar as
músicas de carnaval, São João e natal. Gosto especialmente de “Umas e outras”,
“Roda viva”, “A banda”, “Sobre todas as coisas”, “Velho Chico” (Chico Buarque);
“Bola de meia, bola de gude”, “`As vezes Deus exagera”, “Quem sabe isso quer
dizer amor”, “Tristesse”, “Travessia” (Milton Nascimento); “Elegia”, “Alegria,
alegria”, “Outras palavras”, “A língua” (Caetano Veloso). Estas são as
principais.
FM: Você é a voz mais ativa do Sarau Poético do Guará e responsável pelo
sucesso do evento. Como as pessoas interessadas podem ter acesso à agenda dos
próximos encontros?
Didi: Podem procurar o poeta Pedro Arantes
(pedroc.arantes28@gmail.com) que está organizando a Coletânea de Poesia/2014 e será lançada em
setembro com um Sarau.
Entrevista ao blog "Literatura no Detalhe"
FM: Na sua opinião, a poesia fica mais bonita quando fala de tristeza
ou de alegria? Por que?
Didi: Ambas as formas ficam bonitas, mas eu,
particularmente, gosto de escrever exaltando a alegria. Existem poemas tristes
belíssimos; mas os alegres condizem comigo melhor.
FM: Está
trabalhando em algum projeto literário ultimamente? Qual?
Didi: Já tenho um livro pronto, praticamente. Também
estou finalizando o segundo volume de poesias infantis e um outro de receitas
culinárias com poesia.
Divulgação: Acervo pessoal do artista
FM: Que
conselhos você costuma dar para poetas iniciantes?
Didi: É preciso começar a ler muitos autores, sem
pressa, nem preocupação, em versos e prosas. Os romances proporcionam muitas
inspirações. Deve-se também ouvir muitas músicas acompanhando e interpretando as
letras. Quando for escrever, escrevam sem pressa nem culpa e muito menos
obedecendo à métrica formal, pois, como dizia o poeta Vinicius de Morais: “a
gente deve escrever como se mijasse”...rsrsrsrs
~
Abaixo um das belas poesias de Didi, "Brasília, é festa poética", em que tive a HONRA de ser uma das homenageadas (vide última coluna a direita, sou a quarta de cima para baixo dando close haha!). Inclusive, poemas meus foram publicados em duas edições da Coletânea Poética do Guará, outro projeto assinado pelo grande Didi! E não posso deixar de demonstrar minha eterna gratidão a ele, pois é um dos que mais acreditou em meu potencial e me incentivou a continuar escrevendo.
"Festa Poética" (Adilson Didi Cordeiro)
Gostaria de agradecer ao Didi por nos conceder essa entrevista, e registrar também minha admiração por seu trabalho cultural, seu respeito para com todos e sua sede por mais cultura, afinal, tem coisa mais gostosa do que sarau, violão e poesia? Não tem!
Que legal a entrevista Hell, publica um dia suas poesias dessa coletania *____* Adorei conhecer o trabalho do Adilson, boa sorte pra vocês no ramo artístico..bjs
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Desastre personificado que sonha em viver de escrita, cigarro e bons drinks. Geminiana com ascendente em Gêmeos. Admiradora AND crítica ferrenha do tio caos. Fascinada por ocultismo, História e política. Prolixa, melhor amiga do sarcasmo, adora Seinfeld como se fosse religião e mesmo assim, se contenta com pouco para ser feliz. Um pouco de tudo e muito do nada. E nada demais.
Espírita, filha da Terra e introspectiva. Aprendeu a se virar sozinha e a lidar com adversidades sem perder a ternura. Apaixonada por coturnos, jaquetas, sneakers e tudo relacionado à moda alternativa. Curte fotografia, cinema e claro, roda de amigos com cervejinha. Underground de carteirinha. Do tipo sem frescuras, que se diverte em qualquer ocasião. Prestes a se tornar uma mamãe do metal.
Vulgo Sapa. Apesar de pertencer a duas minorias, prefere não se envolver em polêmicas. Acolhe suas angústias na necessidade do equilíbrio, o eterno dilema libriano. Coração espírita encantado pela paz que só encontrou no terreiro. Louca por filmes, séries e livros. Se apega a personagens como se fossem parte de sua vida. Romântica level “chora até em comercial”.
Parabéns pelo projeto..gostei muito da musica adaptada na letra do poeta :D
ResponderExcluirAdorei não só essa como as outras, a parceria entre o Didi e o Anand ficou sensacional *-*
ExcluirValeu pela visita, Valentina :)
Adorei a entrevista, representante especial mesmo! Sempre é bom conhecer pessoas que realmente fazem uma BOA diferença.
ResponderExcluirBeijão, Hell ♥
Obrigada, Elisa! Nosso objetivo é esse mesmo, apresentar a arte de quem faz a diferença :)
ExcluirBeeeeeijo ♥
Que legal a entrevista Hell, publica um dia suas poesias dessa coletania *____*
ResponderExcluirAdorei conhecer o trabalho do Adilson, boa sorte pra vocês no ramo artístico..bjs
Obrigada Simone, boa ideia vou postar sim ♥
ExcluirEle é um artista e profissional maravilhoso, valeu pela força ;*
Ótima entrevista. Eu gostei das músicas, não são muito o ritmo que eu curto, mas são legais.
ResponderExcluirhttp://agindodiferente.blogspot.com.br/
Heheh sério? Eu já achei uma delicinha, misto de MPB com bossa nova <3
ExcluirObrigada pela visita, Danie, muaahh ;*
Ficou ótimo... Valeu Didi Cordeiro \o
ResponderExcluirÉ issaê, obrigada DIDI *-*
ExcluirEle escreve muito bem, adorei a iniciativa hell =*
ResponderExcluirObrigada Débora, volte sempre! ♥
ExcluirExcelente iniciativa!!!!! Viva a cultura local!
ResponderExcluirGuilherme Alvarenga